A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) envolve sintomas de bronquite com enfisema pulmonar e costuma ser causada pelo cigarro. Os pacientes que apresentam um quadro de DPOC podem ter sintomas graves e correm o risco de morte.
Por isso, é preciso ter cuidado. A boa notícia é que a doença pulmonar obstrutiva crônica tem tratamento.
A doença é causada pela obstrução da passagem de ar pelos pulmões, que geralmente é provocada pela fumaça do cigarro.
Neste artigo, você vai entender melhor sobre a doença e como pode se proteger ou tratá-la, caso apresente esse quadro. Acompanhe!
O que é doença pulmonar crônica (DPOC)?
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) acontece quando a passagem de ar dos pulmões é obstruída. O principal motivo é a fumaça do cigarro, por isso é uma doença associada com o tabagismo.
Um quadro persistente de bronquite leva ao estado permanente da inflamação dos pulmões e a enfisema pulmonar destrói os alvéolos – estruturas que promovem trocas gasosas no órgão.
Esse cenário pode diminuir a circulação do oxigênio no sangue e disparar substâncias inflamatórias por todo o corpo. Além de dobrar o risco de infarto e AVC, causar fraqueza muscular, prejudicar o raciocínio e estimular os quadros de depressão.
Pacientes com quadro de DPOC também sentem mais cansaço no dia a dia, principalmente em atividades que envolvem algum tipo de esforço físico. Até uma caminhada leve ou passar um tempo em pé pode causar uma falta de ar.
Por que os pacientes sofrem com DPOC?
Os brônquios têm a função de levar o ar para dentro e fora do pulmão, por isso são ramificados em bronquíolos. Essas estruturas tubulares contam com alvéolos que se enchem de ar e depois se esvaziam durante a respiração.
O DPOC faz com que os brônquios sofram um estreitamento, pois passam a acumular muco e perdem a elasticidade ou até chegam a destruir os alvéolos. Com isso, o órgão perde sua capacidade de esvaziamento, fazendo com que a pessoa perca a sua capacidade respiratória e sinta uma sensação frequente de fadiga.
A doença é o quarto motivo de internação no SUS (Sistema Único de Saúde), levando cerca de 40 mil brasileiros à morte todos os anos. O principal fator de risco do DPOC é o tabagismo, mas não é o único.
O paciente pode desenvolver a doença a partir de características genéticas, exposição prolongada à poluição, fumaça e gases. Profissionais que lidam diariamente em ambientes com essas características têm grandes chances de desenvolver DPOC.
Quais são os sintomas da doença pulmonar crônica?
A falta de ar e o cansaço excessivo são os principais sintomas de quem sofre com DPOC. No entanto, são sintomas que aparecem quando a doença já está um pouco avançada. A doença se desenvolve de forma lenta, por isso os sintomas iniciais nem sempre são notados pela maior parte dos pacientes.
Tosse e pigarro são os primeiros sintomas que aparecem, depois vão evoluindo e isso pode desencadear uma bronquite crônica e um enfisema pulmonar. Esses sinais podem levar a sintomas mais graves, como:
- fadiga;
- crises de falta de ar;
- respiração ofegante;
- respiração com chiado;
- tosse persistente e produtiva;
- sensação de desconforto ou aperto no peito;
- dificuldade para dormir por causa da tosse persistente;
- falta de ar (dispneia), que piora quando o paciente faz esforço ou tem uma infecção.
- perda de peso e cianose (unhas arroxeadas), quando o paciente está em estágio avançado.
Embora não tenha cura, mesmo em estágio avançado, é possível tratar a doença, diminuir esses sintomas e melhorar consideravelmente a qualidade de vida.
Como é o tratamento para DPOC?
O tratamento precoce para DPOC melhora o controle dos sintomas e ajuda a minimizá-los consideravelmente. Para chegar ao diagnóstico, o paciente precisa passar por testes pulmonares, raio-x de tórax e tomografia computadorizada.
A avaliação dos níveis alfa-antitripsina também devem ser avaliados em pacientes que têm menos de 50 anos, principalmente quando há histórico familiar da doença.
Evitar que o paciente desenvolva infecções respiratórias é uma forma de impedir um agravamento de seu quadro, por isso a vacinação anual contra a gripe também é indicada nesses casos, bem como a vacina antipneumocócica.
O paciente deve, ainda, ter uma rotina regular de exercícios, isso vai ajudar a melhorar a condição física e sua respiração.
Alguns medicamentos, como broncodilatadores inalatórios, podem ser associados a corticoides, mas em casos mais graves, o uso de oxigênio será necessário. Durante uma crise, o paciente pode fazer uso de antibióticos para tratar as infecções.
Além disso, o médico pode conduzir uma estratégia para melhorar a função respiratória do paciente. Isso vai ajudar a melhorar sua qualidade de vida. Para os fumantes, eliminar o uso do cigarro, bem como evitar a companhia de outros fumantes será fundamental para o sucesso do tratamento.
Saiba como evitar a doença pulmonar crônica
O tabagismo é o caminho mais rápido para o desenvolvimento da DPOC. Os pacientes que não fumam já estão menos propensos a ter contato com a doença – desde que não tenham histórico familiar.
A inalação de outros gases, como a fumaça da queima de combustíveis sólidos, também podem desencadear um quadro de DPOC.
O paciente, que identificar algum dos sintomas da doença, deve procurar um profissional para fazer os exames necessários e ter um diagnóstico preciso.
Episódios de rinite alérgica ou asma também podem agravar os sintomas da DPOC, por isso pacientes com quadros alérgicos devem se manter afastados de alérgenos (poeira, ácaros e fungos etc), além de evitar situações que leva a crises respiratórias, como se expor a baixas temperaturas.
Usar inaladores e nebulizadores ajudam a umidificar as vias aéreas e o uso correto dos medicamentos reduz a progressão dos sintomas da DPOC, além de contribuir para a qualidade de vida do paciente.
Ficou com alguma dúvida sobre o assunto ou está apresentando sintomas de DPOC? Agende uma consulta, será muito bom poder conhecer você.
Escrito por: Dr. Carlos Nogueira – Pneumologista – CRM 23539 | RQE:14290